Bate a tecla da velha máquina
Escreve em sebenta passa à net
Que bom computador grava tudo
Que memória tem esta disquete.
Meu poema falado, escrito e computorizado
Gravado no disco rígido da internet
Tocando concertina e gemendo o fado,
Voa de tecla em tecla e canta por sete.
Arranca penas á fantasia e ama Maria
Que viaja sentada num Mercedes Benz
Por acaso é uma boa carripana
Que nao se compra em cada dia.
Meu poema globalizado, declamado
Entre amigos, valoriza os sentimentos
Reaviva a imaginação a um sorriso humorado
Transforma os maus, em bons momentos.
Meu poema que grita num mundo esfomeado
De carinho. Escrevo leio e te releio e borboleio
O seio de pedra viva de um verso floreado
Encastrado na alma de poeta que leio e releio.
Por que leitura é cultura e ler é preciso
É um acto que de facto, hoje poucos praticam
Num mundo globalizado mas sempre friso
Que leiam mais, os que a leitura criticam!
José Valgode