Poemas aromáticos, formosos, enlevantes
por mares e terras já dantes navegados
poeta amigo tu que me pões
as mãos nas costas magras e elegantes.
E me citas poemas de Camões
com histórias cruéis também de amor,
eu fico tiritando apaixonadamente
por mais poemas, nus e juvenis
e procuro a palavra que tenta
vibrar de doçura e delicia
Palavra de sangue que inventa
amor fervor e esperança
num poema aromático e ardente
pulsa mais num corpo juvenil
nunca se apaga da nossa mente
cheirando a lindas rosas de Abril.
Poema aromático e intempestivo
com voz doce calorosa e afável
enérgico, por vez feroz cor de anil
fica jovem e sempre vivo.
Assim é o poema com tato e aromático
como aves de suaves e melodiosos gorjeios
cantados por mim e toda a gente
em searas brancas de ternos enleios.