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Portugal prepara apoio a Moçambique

Portugal está a realizar um levantamento das capacidades de apoio a Moçambique, após a passagem do ciclone Idai, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, afirmando que o país estará “na linha da frente do apoio internacional” àquele país africano.

“Estamos a fazer este levamento de capacidades nossas para que, logo que o Governo moçambicano peça apoio, ele poder ser imediatamente prestado por Portugal”, declarou Augusto Santos Silva aos jornalistas, no final da reunião da Concertação Social, que abordou nomeadamente a questão da saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o ciclone Idai poderá ter provocado mais de mil mortos em Moçambique, estando confirmados atualmente 84. Estimativas iniciais do Governo de Moçambique apontam para 600 mil pessoas afetadas, incluindo 260 mil crianças.

“As autoridades moçambicanas estão a fazer um primeiro levantamento e nós próprios aqui, já o fizemos segunda-feira e continuaremos, entre vários ministérios, a reunir uma primeira lista de apoios possíveis que Portugal pode fazer na situação de emergência que Moçambique vive, seja do lado dos instrumentos da nossa Proteção Civil, seja do lado da nossa emergência médica, seja do lado das Forças Armadas, dos meios de resposta que lhes são próprios para situação de catástrofe, seja do lado da nossa cooperação”, disse.

Santos Silva referiu que a sociedade civil também já se mobilizou para ajudar os moçambicanos, tendo já “apoios humanitários, financeiros e humanos” disponíveis.

“Depois, temos os planos de reconstrução, para os quais ainda temos tempo, mas que também é importante. Portugal estará na linha da frente do apoio internacional humanitário e técnico a Moçambique nesta hora muito difícil”, declarou ainda.

O ministro também referiu que não há registo, até ao momento, “de perdas de vida ou feridos entre os mais de 2.000 portugueses que vivem na cidade da Beira e na sua zona envolvente”.

“Não temos registo também de que haja portugueses entre aqueles, que ainda são bastantes, que se encontram numa situação de perigo de vida porque estão em zonas de muito perigo”, indicou.

“Infelizmente, temos registo de várias dezenas de portugueses que perderam as suas casas e os seus bens e que estão agora em soluções de emergência e que são apoiados por nós”, sublinhou ainda.

Santos Silva disse que uma equipa avançada da embaixada em Maputo, que está a trabalhar como o consulado na Beira, “fez um primeiro levantamento da situação da situação dos portugueses, quer do ponto de vista pessoal, quer do ponto de vista dos seus bens”.

O ministro lembrou que o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, partiu para Moçambique “para assistir no terreno à resposta da parte dos nossos serviços consulares e apoio à comunidade”.

José Luís Carneiro ficou encarregado pelo Governo português de avaliar com as autoridades moçambicanas quais são as primeiras necessidades a serem supridas.

Santos Silva também disse que a autoridades portuguesas estão a realizar um trabalho exaustivo junto da comunidade, entrando em contacto com os portugueses e “varrendo” uma série de hospitais e outras instituições para verificar se há vítimas nacionais.

“Há dezenas de mortos confirmados, há muitos milhares de pessoas em situação difícil e a dimensão da catástrofe é brutal. Infelizmente, as previsões meteorológicas não são positivas e, portanto, pode haver mais inundações naquela área”, lamentou o ministro.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou pelo menos 222 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos na segunda-feira.

Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade naqueles três países africanos.

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