O mercado de motociclos continua a crescer em Portugal, com um aumento de 15% em Abril e de 13% nos primeiros quatro meses. E há um segmento que, apesar dos números reduzidos, teve um crescimento de quase 70% de Janeiro a Abril – os minicarros.

Apelidados no passado de ‘papa-reformas’, os pequenos veículos sem carta têm vindo a aumentar as vendas este ano. Segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal, em Abril saíram dos stands 67 minicarros, que somados aos dos três primeiros meses do ano sobem o total de 2015 para 243. Número pequeno, mas a ter em conta quando o aumento face a 2014 é de 67,5% em Abril e 68,8% nos quatro primeiros meses face ao período homólogo.

Os minicarros –cuja idade mínima para conduzir é 16 anos – não precisam de carta de condução de automóvel, mas requerem  o código completo, incluindo exame, e 12 aulas práticas nesse tipo de carros seguidas de exame. A vantagem é que, chegados aos 18 anos, os jovens já não precisam de fazer o código para ter a carta de condução.

No entanto, com preços normalmente a rondar os 14/15 mil euros e muitas vezes a chegar aos 20 mil euros, os minicarros não estão ao alcance da maioria das pessoas. Normalmente são pais com mais posses que, preocupados com a segurança dos veículos de duas rodas, compram os minicarros para os filhos. Um instrutor de condução contactado pelo SOL disse até que estes modelos agora são chamados de “diversão dos jovens ricos”, bem diferente da designação de ‘papa-reformas’ dos anos 90.