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Portuguesa transforma quotidiano em arte em Veneza

 A artista plástica portuguesa Leonor Antunes irá apresentar, no Pavilhão de Portugal da Bienal de Veneza, Itália, um projeto no qual, “envolvendo história de arte, arquitetura e design, reflete sobre as funções dos objetos do quotidiano”, foi anunciado.

De acordo com a Direção-Geral das Artes (DGArtes) no projeto “how things live in the world” (“como vivem as coisas no mundo”, em tradução livre), Leonor Antunes, escolhida pelo curador João Ribas para representar Portugal na 58.ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia 2019, “envolvendo história de arte, arquitetura e design, reflete sobre as funções dos objetos do quotidiano, contemplando o seu potencial para se materializarem como esculturas abstratas”.

“Após a apresentação da artista na exposição central da 57.ª Bienal de Veneza em 2017, ‘how things live in the world’ reflete a pesquisa de Antunes sobre o trabalho de figuras importantes no contexto da arquitetura de Veneza, como Carlo Scarpa, Franco Albini e Franca Helg e, mais recentemente, Savina Masieri e Egle Trincanato”, refere a DGArtes, num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a DGArtes, a artista plástica “está interessada em explorar de que forma as tradições artesanais de várias culturas se cruzam nesta história, ligando, por exemplo, o conceito japonês de Shakkei, que denota o uso de uma paisagem de fundo no projeto de um jardim, com o trabalho de Scarpa e formas de artesanato originárias de Itália, Japão e Portugal. Alguns elementos da exposição são fabricados na Falegnameria Augusto Capovilla, uma das carpintarias venezianas ainda ativas que trabalharam de perto com Scarpa”.

O projeto de Leonor Antunes será apresentado no piso nobre no Palazzo Giustinian Lolin, onde estará instalado o Pavilhão de Portugal, que tem pré-abertura marcada para oito de maio. A abertura ao público está marcada para 11 de maio e a exposição prolonga-se até 11 de novembro.

Leonor Antunes foi escolhida pelo curador João Ribas “para se apresentar no âmbito do concurso promovido pela Direção-Geral das Artes, numa modalidade inédita para definir a representação portuguesa na Bienal de Veneza”.

O ex-diretor do Museu de Serralves foi o candidato mais bem classificado para comissariar a representação de Portugal na Bienal de Arte de Veneza 2019.

Os outros curadores que “manifestaram disponibilidade para aceitar o convite” a este concurso eram, segundo a DGArtes, Emília Tavares, Filipa Oliveira, João Laia, João Silvério, Leonor Nazaré, Marta Mestre, Sara Antónia Matos e Nuno Faria, que recorreu da exclusão inicial e acabou por ficar em penúltimo lugar na classificação.

O júri foi constituído por Nuno Moura (DGArtes), Cristina Góis Amorim (AICEP), Catarina Rosendo (historiadora de arte), Jürgen Bock e Sérgio Mah, curadores responsáveis por participações portuguesas em edições anteriores da Bienal de Veneza.

Esta foi a primeira vez que o representante português na Bienal de Arte de Veneza foi escolhido por concurso, o que já aconteceu na escolha da participação nacional da Bienal de Arquitetura de Veneza do ano passado.

Em 2017, Portugal foi representado na Bienal de Arte de Veneza pelo escultor José Pedro Croft, por proposta do curador e comissário João Pinharanda.

A 58.ª Exposição Internacional de Arte vai decorrer entre 11 de maio e 24 de novembro de 2019 em Veneza, com curadoria do britânico Ralph Rugoff, diretor da Hayward Gallery, em Londres, e terá como tema “Tempos Interessantes”.

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