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Poucos portugueses a votar nos representantes do Luxemburgo nas europeias

Os imigrantes portugueses recenseados para eleger os seis representantes do Luxemburgo ao Parlamento Europeu, nas eleições europeias que se realizam a 26 de maio, representam 10,4% do total dos que preenchiam as condições para votar, segundo dados oficiais.

Nos cadernos eleitorais luxemburgueses estão inscritos 7.808 eleitores portugueses, tendo ficado de fora 75.391 imigrantes que podiam ter-se recenseado, segundo um estudo em curso do Centro de Estudos e de Formação Intercultural e Social (Cefis), ainda não publicado.

De acordo com o Cefis, para votar nas próximas eleições europeias no Luxemburgo estão inscritos 23.243 estrangeiros.

Embora os portugueses continuem a ser o maior grupo de estrangeiros a votar nestas europeias no Luxemburgo, num país com 47% de residentes estrangeiros, a taxa de inscrição (10,4%) ficou abaixo da média das outras nacionalidades, que ronda os 12%.

Segundo os dados do Cefis, os residentes franceses contam com 4.418 pessoas recenseadas (uma taxa de inscrição de 11,8%), havendo 2.890 italianos inscritos (15%), 2.522 belgas (14,9%) e 2.217 alemães (20%).

Os imigrantes portugueses que vivem no Luxemburgo podiam optar por participar na eleição dos seis representantes do Grão-Ducado no Parlamento Europeu, ou eleger os eurodeputados portugueses.

Para poderem votar nos candidatos luxemburgueses, tinham de se recensear até 28 de fevereiro.

Já para participar nas eleições em Portugal, o recenseamento passou a ser automático, tendo o número de portugueses inscritos nos cadernos eleitorais do Consulado de Portugal no Luxemburgo passado de 2.163 para 55.990.

O Grão-Ducado é um dos membros fundadores da atual União Europeia e é considerado um dos mais europeístas, tendo instituído este ano o Dia da Europa, 09 de maio, como feriado nacional.

O Luxemburgo elege seis eurodeputados, contando atualmente três do partido cristão-social (CSV, na sigla em luxemburguês), um do partido socialista (LSAP), um do partido liberal (DP) e um dos Verdes (Déi Gréng).

Dos dez partidos que concorrem a estas eleições no Luxemburgo, que se realizam em 26 de maio, seis têm candidatos que falam português.

A cabeça de lista do CSV, o partido do atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, é a lusodescendente Isabel-Wiseler-Lima, vereadora com os pelouros da habitação, integração e política social na autarquia da cidade do Luxemburgo.

A lista do partido liberal (DP), que lidera a coligação governamental, tem à frente a ex-apresentadora de televisão Mónica Semedo, de origem cabo-verdiana, lado a lado com o eurodeputado Charles Goerens.

Mara Martins, com nacionalidade luxemburguesa e portuguesa, de 20 anos, é uma dos seis candidatos pelo déi Lénk (a Esquerda).

À frente do partido Pirata, a surpresa nas últimas eleições legislativas, em outubro, está o copresidente Starsky Flor, de origem cabo-verdiana.

A estudante e cantora numa banda rock Elise Nunes, filha de imigrantes portugueses, é uma das candidatas pelo partido comunista luxemburguês (KPL).

A lista do movimento pan-europeu Volt também conta com Daniel Silva, com dupla nacionalidade.

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