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Embaixador Carlos Pereira Marques: ser português-luxemburguês não significa ser menos português

O embaixador português Carlos Pereira Marques terminou o seu mandato no Luxemburgo e está de malas aviadas para a Índia. Em entrevista ao BOM DIA o embaixador fez um balanço positivo da sua missão no Grão-Ducado.

Numa retrospetiva do seu mandato Pereira Marques destacou a ação cultural como forma de transmitir a imagem do país das quinas, salientando as diversas iniciativas realizadas, que acredita terem contribuído para alterar uma imagem errada que os luxemburgueses por vezes têm dos emigrantes portugueses.

O embaixador português vê também na cultura uma forma de promover as relações no plano económico, ressalvando, contudo, que “não se pode avançar ao mesmo tempo em todos os tabuleiros” e que “as relações entre os estados são uma malha que se vai tecendo a pouco e pouco”.

As novas instalações do centro cultural do Instituto Camões são uma espécie de ex-libris desta política cultural, “são um pouco o meu bebé”, admite avançando que passam uma imagem de um Portugal moderno. Elenca as diversas iniciativas culturais realizadas para provar que o centro cultural “ganhou o seu lugar na cena cultural luxemburguesa” pelas ótimas relações que estabeleceu com instituições culturais luxemburguesas.

A educação é outra área que considera essencial, “a chave que abre todas as portas”. Neste setor afirma que o ensino se tornou mais aberto e inclusivo, e lembra a implementação do novo sistema de ensino do português. O embaixador chama à atenção dos portugueses para que invistam na educação dos filhos, pois as “autoridades luxemburguesas aperceberam-se da importância do capital humano que são os portugueses residentes no Luxemburgo” afiançando que o Grão-Ducado “neste momento precisa de quadros”.

O novo embaixador português na India deixou ainda um apelo aos portugueses residentes em território luxemburguês para que sejam “cidadãos de parte inteira”, votando e participando na vida do país para “potenciar o privilégio enorme que é viver no Luxemburgo”. Nesse sentido não desvalorizou a hipótese de os portugueses emigrados obterem a nacionalidade luxemburguesa, afirmando que “ser-se português-luxemburguês não significa que se seja menos português, pode-se ser cada vez mais português e mais luxemburguês”.

Confira a entrevista completa aqui.

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