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Sobre a liberdade – ponto 1

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A liberdade é um tema que me é caro, tanto mais que possui um significado temporal, circunstancial e geograficamente mutante e multifacetada. Devia ser algo simples, mas de facto acabamos num assunto complexo e ao logo dos tempos abordados por filósofos, políticos e pensadores, retirando cada um deles o seu ponto de vista.

Muito optam por definir a liberdade pela negativa, por aquilo que não é, quando não possuem uma noção concreta de liberdade. De facto liberdade não é deitar lixo para o chão, insultar, dar um pontapé num cachorro e a liberdade de facto não é incomodar os outros, isso tem outras designações, como por exemplo “falta de educação”.

Outros ousam definir os limites da liberdade. A frase mais típica desse limite advém de todos aqueles que quando se aborda o tema da liberdade, tomam um ar assertivo e exclamam para os outros que “a liberdade de um começa quanto começa a do outro”. O pior é que acham que ao partilhar, disseram alguma coisa de jeito, mas a frase enferma de uma quantidade de erros de raciocínio e de presunção.

A colocação de uma fronteira entre a liberdade de um e do outro, pressupõe que a liberdade não possa ser partilhada. Na realidade o maior estado pleno de liberdade estabelece-se na partilha entre iguais. Além de mais, se um deles for pouco tolerante, onde se estabelecem as fronteiras da liberdade? Creio que a resposta está no facto de todos aqueles que se assumem livres possuem sempre as faces de tolerante e tolerado. Só a tolerância leva à liberdade, caso contrário, existem as regras e leis gerais que criam a harmonia.

Pedro Guimarães

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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