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Sopinor: um serviço completo no setor da construção

Orlando Pinto, é o fundador da Sopinor, uma empresa que no domínio da construção no Luxemburgo, já é uma referência. Este empresário é também um dos nomeados, em 2015, para o Prémio Empreendedorismo na Diáspora.

O BOM DIA foi conversar com Orlando Pinto que nos respondeu a uma série de questões sobre o seu percurso e a empresa que dirige.

QUEM É ORLANDO PINTO?

Sou de Viseu, do distrito de Viseu, vim para aqui porque em Portugal não havia muito trabalho nos anos 80. Eu casei-me em 82 e depois a decisão foi de vir para aqui para o Luxemburgo porque já via emigrante na aldeia que eu via que viviam melhor quando iam de férias do que nós lá. Então vim para trabalhar, já tinha um trabalho garantido e vim trabalhar para uma empresa de construção onde comecei da estaca zero, não tinha profissão comecei com pá e picareta foi assim a história. Estive nessa empresa 20anos onde aprendi a profissão na construção. Comecei como pedreiro, passei a chefe de equipa, responsável de obra, até que então decidi criar a minha empresa quando já sabia quase tudo.

QUANTOS FUNCIONÁRIOS

Neste momento dentro do grupo e contando com todos os contratos são 340.

A CRIAÇÃO DA EMPRESA

Tive sempre vontade de trabalhar por minha conta. Isto vem já de Portugal a minha avó tinha um comércio, o meu falecido pai também era comerciante e eu quando vim para aqui sempre tive vontade de trabalhar por minha conta. Porque achei que tinha capacidades para isso e tinha vontade sobretudo.

PERCURSO DA EMPRESA

Eu era conhecido como um profissional no terreno tinha feito muitas obras e concluídas sempre de forma muito profissional toda a gente ficava contente com o meu trabalho. Depois quando comecei é normal que as pessoas que me conheciam diziam olha se queres trabalhar, mandavam-me os orçamentos para fazer…e estava bem classificado e davam-me muito trabalho. E depois tive de começar a meter pessoal e foi uma continuação.

PRINCIPAIS DESAFIOS

Eu primeiro gostava de trabalhar na vila, na capital, porque achava que trabalhar na capital do Luxemburgo era bom. Só que depois era preciso ter um certo número de operários para participar em trabalhos grandes que não se fazia trabalhos pequenos, era preciso ter 100 pessoas por exemplo. E depois foi assim que eu quis fazer também essas grandes obras e com o tempo começamos a ter mais. Tive também a sorte de encontrar este terreno (onde se encontra o estaleiro da Sopinor) que nos permitiu expandir, com melhores condições de trabalho, etc…

MAIORES CONQUISTAS

Foi conseguir fazer o primeiro loteamento grande. O cliente acreditou em nós e entregou-nos a encomenda. Depois disso foi de boca em boca que tínhamos capacidade e os trabalhos foram aparecendo. Tive nessa altura de expansão dificuldade em encontrar pessoal qualificado, engenheiro e arquitetos mas agora é o contrário eles veem ter comigo para pedirem trabalho.

RELAÇÃO COM OS FUNCIONÁRIOS

É como foi sempre, não mudou. Quando tinha 10 trabalhadores ou agora que tenho 300 é a mesma coisa. Trabalha faz o teu melhor que eu também faço. É dedicar-se sempre a uma coisa séria uma pessoa olha-se todos os dias ao espelho ter sempre uma boa relação com o pessoal, com o cliente, com o fornecedor e ser correto porque o país é pequeno e isso funciona.

O QUE FAZ DE SI UM PORTUGUÊS DE SUCESSO?

Eu sou como sou, não mudei, só porque vim a ter uma grande empresa não mudei nada sou sempre a mesma pessoa o mesmo homem. Gosto de fazer o meu trabalho de fazê-lo cada vez melhor. E claro ao mesmo tempo ser exigente e a partir daí as coisas têm vindo como elas vêm.

QUAIS SÃO OS SEUS PRINCIPAIS VALORES?

Eu acho que o ser humano deve estar à frente de tudo, deve ver os dois lados. Quando o trabalhador, o fornecedor o cliente ou a pessoa que se encontra, tentar sempre gerir a situação em relação a todo o momento. Por vezes a pessoa está a querer divulgar não é a realidade e é preciso saber escutar e interpretar e é o que eu faço sempre é meter-me do outro lado. Meter-me no lugar da outra pessoa qual será o melhor para a tentar ajudar, para trabalhar melhor para se integrar melhor e para compreender melhor também os negócios. Mas também há as pessoas que sabem fazer teatro então nós também é preciso fazer um bocadinho.

OS SÓCIOS E EMPRESAS DO GRUPO

Na empresa mãe sou sozinho, na Sopinor sou sozinho. Mas depois a Sopinor associa-se a outras empresas para ter outras portas abertas porque assim somos mais fortes. Na Sopinor fazemos as estradas, outros vão fazendo as casas, outros a vender móveis , outros a fazer “chave na mão”. Tentar vender materiais, um bocadinho também na imobiliária e na promoção

O cliente vem aqui vê tudo e sem perder muito tempo.

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