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Sou contra nomes de restaurante que nos confundem

Devo dizer que sou contra os nomes de restaurante que nos confundem. Por exemplo, “Antologia dos Sabores” é um nome tipo poema, mas um tipo depois e ao tentar recordar-se não sabe se é antologia, se é nostalgia, se é sabores, se paladares, se é apetites, acepipes se é o raio.

Outro caso: dar o nome de D. Elvira, Carocha, Calhambeque também dá para uma confusão do caraças, porque diabo lhes dá para colocar tipos de viaturas em nomes de restaurantes? República da Saudade é outro nome que dá para fazer confusão.

Estou habituado a restaurantes com o nome de João, Reis, Inácio, Pedro, Nuno, Santos, Silva, Teixeira e não faço confusão. Restaurantes como Careca, Coxo, Anão, Corcunda, Maneta ou Barbas também são inconfundíveis e fixamos facilmente.

Outro exemplo: há um restaurante nos Armazéns de Lavos chamado Casa Marquinhas, que facilmente identifico como a Casa da Mariquinhas. São estas pequenas coisas que me baralham.

Por falar nisso, há cerca de um ano telefonei à minha mãe durante a viagem, para dizer que o jantar combinado era no Cordel Maneirista. Passado pouco tempo, o meu pai telefona-lhe para me perguntar se iam jantar a um bordel. Esclareci que não era um bordel, onde também se come mas um outro tipo de comida, mas sim um cordel. Íamos jantar a um cordel e não a um bordel. Notei uma certa desilusão na voz do meu pai, mas não lhe consegui responder porque é que o cordel era maneirista. Talvez por ser um cordel com boas maneiras, mas que serviam muito bem.

E é isto. Por amor de Deus deixem de colocar poemas nos nomes dos restaurantes.

Pedro Guimarães

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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