De que está à procura ?

Colunistas

Ter ou não ter casa

© dr

1) A Casa de Montenegro: temos eleições antecipadas por alegada corrupção que, entre coisas mais graves, envolveria também a casa luxuosa e suspeita do primeiro ministro em Espinho – construída com materiais oferecidos para pagar favores, paga abaixo do preço de mercado com transferências pequenas para fugir ao fisco, sub-avaliada para pagar menos IMI;

2) A Casa de Santos: o contra-ataque da direita foi fazer acusações anónimas quanto à forma como terá comprado a sua casa luxuosa o Secretario-Geral do Partido Socialista, que parece que foi com ajuda dos pais;

3) A Casa de Ventura: a comunicação social está neste momento a escrutinar qual o tamanho verdadeiro da casa luxosa com piscina do candidato que faz saudações nazis, se 30 metros quadrados se 74, que pertence à sua esposa;

O facto de serem estes os 3 temas polémicos da vida pessoal dos candidatos nesta campanha eleitoral só prova uma coisa: a crise total da habitação em Portugal.

Crise total é um estado de coisas em que é tão absolutamente difícil para nós portugueses termos casa que até os líderes partidários terem casa passou a parecer-nos suspeito.

Até os primeiros ministros têm de recorrer a esquemas – seja fugindo aos impostos e com favores a construtoras, seja com ajuda dos pais, seja morando em casa da esposa – para terem onde morar.

Não deveria ser tão difícil ter uma casa. Em país nenhum.

Pedro Fernandes Duarte

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA