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Turismo perdeu 60 milhões de profissionais com a pandemia

A presidente executiva do Conselho Mundial de Viagens e Turismo, Julia Simpson, afirmou esta quinta-feira que a pandemia de covid-19 “tem sido devastadora” para o emprego no setor, tendo-se perdido 62 milhões de postos de trabalho em todo o mundo.

Aludindo a dados anteriores à pandemia, a responsável deste organismo (WTTC, World Travel & Tourism Council, em inglês) indicou que, em 2019, “um em cada quatro postos de trabalho que estavam a ser criados no mundo” diziam respeito à indústria das viagens e do turismo.

“E isso significa que, em 2019, havia mais de 330 milhões de postos de trabalho no nosso setor. Infelizmente, esta pandemia tem sido devastadora para nós”, realçou Julia Simpson, numa conferência em Évora.

“O WTTC irá lutar pela restauração de cada um dos 62 milhões de postos de trabalho perdidos em todo o mundo”, sendo que “Portugal já está a dar grandes passos neste sentido”, argumentou Júlia Simpson.

Lembrando que este setor representa “10,4% do PIB a nível mundial”, a presidente executiva do WTTC considerou “importante” que a indústria e os governos cooperem “para reiniciar as viagens e construir a resiliência” desta área para “um futuro sustentável”.

A pandemia e as respetivas restrições de viagem “tiveram enormes efeitos sociais e económicos, que reverberaram através de países, destinos, comunidades e famílias em todo o mundo”, frisou, garantindo que, no último ano, o WTTC tem procurado “provar que as viagens podem ser feitas em segurança”.

Atualmente, “ainda existem partes do mundo que estão efetivamente fechadas”, mas já se começam a ver alguns avanços, disse a responsável, dando como exemplos Portugal e o conjunto da Europa.

Ainda assim, sublinhou a presidente executiva da WTTC, organismo que representa mais de 200 empresas de todo o mundo das diferentes indústrias do setor das viagens e turismo, é necessária uma “colaboração internacional mais forte” para “impulsionar uma recuperação económica global”.

“Apelo, portanto, a todos os governos para que não olhem internamente, mas que respondam como líderes globais e coordenem soluções globais”.

O encerramento de fronteiras e as restrições à mobilidade internacional não são as únicas questões em cima da mesa, há “outros fatores que são prejudiciais à recuperação” do setor, disse.

Julia Simpson aludiu à “natureza altamente fragmentada das viagens e do turismo”, à “falta de inclusão deste setor na tomada de decisões governamentais” e à “liderança limitada das instituições multilaterais”.

Os riscos relacionados com as viagens, neste período de pandemia, devem ser geridos “a nível individual” e “não colocando países inteiros em listas vermelhas”, defendeu.

Contudo, no caso de Portugal, disse aplaudir “a liderança” do país “na abertura de viagens e na valorização da contribuição do setor para o emprego, riqueza e bem-estar”.

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