A área de operações Missão de Treino da União Europeia no Mali (EUTM-Mali), sob comando português e centrada em atividades de treino, foi alargada, informou o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).
Na segunda-feira, reuniu-se o Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), e deu parecer favorável às “propostas de ajustamentos em calendário, objetivo de missão” das Forças Nacionais Destacadas, assim como “para a ampliação da área de atuação, nomeadamente para as atividades em curso na região da África Subsaariana”.
Questionado pela Lusa, o EMGFA informou que é a missão no Mali, sob comando de Portugal até 12 de junho, cuja “área de operações” foi alargada.
A missão da EUTM-Mali continua a ser “centrada nas atividades de treino, embora passe a ser cumprida numa área mais vasta e incluindo as Forças Armadas de outros países da região do Sahel”.
Inicialmente, tinha como “área de operações as localidades de Bamako e Koulikoro”, mas face aos “resultados positivos” os Estados-membros da União Europeia “aprovaram a extensão das atividades de treino a todo o território maliano, bem como a bases específicas em cada um dos restantes países do grupo ‘G5 Sahel’ (Chade, Burkina Faso, Mauritânia e Níger), tendo em vista a capacitação da ‘Força Conjunta G5 Sahel’”.
O “alargamento da área de operações da EUTM-Mali enquadra-se na abordagem global da União Europeia para a estabilização da crise securitária na região do Sahel”, lê-se na informação do EMGFA.
O Conselho Superior de Defesa Nacional é o órgão de consulta nesta área, do Presidente da República que é também, por inerência de funções, Comandante Supremo das Forças Armadas.
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, visitou as tropas portuguesas no Mali em janeiro.
Em março, a União Europeia (UE) decidiu prolongar até 18 de maio de 2024 a sua missão militar no Mali, mobilizando quase 135 milhões de euros para a iniciativa.
O brigadeiro-general João Boga Ribeiro assumiu o comando da missão em dezembro de 2019.
A missão em causa foi estabelecida em 2013 e está sediada na capital do Mali, Bamako.
Desde 2012, o Mali tem sido confrontado com os ataques de grupos ‘jihadistas’, bem como com a violência intercomunitária que já provocou milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados.
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