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Uma chamada de Itália

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Hoje recebi uma chamada de Itália, atendi e ouvi uma mensagem em inglês, com forte sotaque sulista, informando-me que eu estava indiciado como colaborador num crime da Camorra, e para digitar a tecla 1 para ser atendido e interrogado por um agente da polícia.

Devo dizer que não esperava por essa, uma vez que era um segredo tão bem guardado, que nem eu próprio sabia. Não digitei a tecla e desliguei o telemóvel e portanto, devo ser considerado como criminoso em fuga. Não sei se vão oferecer algum dinheiro pela minha captura, mas a haver, posso dividir esse “guito” todo com quem tiver a pachorra de me capturar.

Menos sorte teve a malta da Madeira que agora foi investigada. E portanto temos um caso bicudo e parecido com o que aconteceu no Governo de Portugal, com algumas diferenças, na certeza que burlões e vigaristas não possuem partido político, mas para já, está tudo com presunção de inocência. E assim se manterão até que, se houver condenação, a sentença transite em julgado. É assim a vida e a justiça e só nos fica mal, julgarmos em praça pública.

A principal diferença, para mim, é a seguinte:

Costa pediu a demissão e o Presidente demitiu-o. Miguel não pediu a demissão e o Presidente pode demiti-lo ou não. Na verdade também podia não ter demitido o Costa.

O Presidente convocou eleições legislativas antecipadamente, mas Costa e o PS não queriam porque havia um governo sólido e uma maioria absoluta. O PSD achou muito bem as eleições antecipadas.

O governo de Miguel também é solido e suportado por uma maioria absoluta. E portanto a minha dúvida é a seguinte:

Se o Presidente demitir Miguel, como agirá o PS e o PSD? Manterá o PS a opinião que o Presidente não deve convocar eleições antecipadas e o PSD a desejá-las?

Estou curioso.

Pedro Guimarães

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