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Universidade chilena quer formar professores de português

A Universidade de Santiago do Chile quer criar um curso universitário para a formação de professores de português, disse à Lusa a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, em visita ao país sul-americano.

“Um aspeto que penso ser importante sublinhar é a promessa do decano (diretor) da Faculdade de Humanidades da Universidade de Santiago do Chile, que é uma das grandes universidades do país, de criar um curso a nível universitário de formação de professores de português”, declarou Teresa Ribeiro à Lusa, por telefone, a partir de Punta Arenas, no Chile.

“Julgo que este é um momento de grande significado, que no futuro pode trazer efeitos multiplicadores para a difusão da língua portuguesa no Chile”, indicou.

A secretária de Estado sublinhou que “o interesse do Chile pela língua portuguesa está associado ao vizinho, o Brasil”, à curiosidade pela cultura portuguesa e “a Fernão de Magalhães, uma figura de relevo no Chile”.

Teresa Ribeiro encontra-se desde quinta-feira no país sul-americano, onde está a realizar contactos políticos e a participar em atividades ligadas às comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação iniciada pelo navegador português Fernão de Magalhães.

“Foi lançada também a cátedra Fernão de Magalhães na Universidade de Playa Ancha, em Valparaíso, e nós atribuímos um grande relevo a esta criação, que tem o nome de uma figura muitíssimo importante quer para o Chile, quer para Portugal”, referiu a secretária de Estado.

“Foi lançada também a cátedra Fernão de Magalhães na Universidade de Playa Ancha, em Valparaíso, e nós atribuímos um grande relevo a esta criação, que tem o nome de uma figura muitíssimo importante quer para o Chile, quer para Portugal”, referiu a secretária de Estado.

O lançamento da cátedra “é particularmente importante” no contexto das comemorações, em Portugal e também no Chile, dos 500 anos da viagem de circum-navegação, sublinhou ainda a secretária de Estado.

“Estive ontem (domingo) em Punta Arenas exatamente para o lançamento da comissão chilena para a celebração dos 500 anos da viagem de circum-navegação. Neste lançamento esteve presente o Presidente do Chile (Sebastián Piñera), o que é um sinal do compromisso do Chile com as comemorações magalhânicas”, declarou Teresa Ribeiro.

Fernão de Magalhães partiu do porto de Sevilha em agosto de 1519, comandando uma frota de cinco embarcações que transportavam mais de 260 pessoas de várias nacionalidades (portugueses, espanhóis, italianos, alemães, belgas, gregos, ingleses e franceses eram algumas das presentes) e incluía marinheiros, académicos (como o escritor italiano Antonio Pigaffeta, que compilou um detalhado relato da viagem), entre outros.

Magalhães viria a morrer nas Filipinas, em 1521, durante uma batalha com uma tribo em que a tripulação liderada pelo português estava em forte desvantagem numérica.

Apenas uma das embarcações, a Vitoria, comandada por Juan Sebastian Elcano e com apenas 18 dos 260 tripulantes, regressou a Espanha, em 1522, o que faria destes os primeiros a completar uma viagem à volta do globo.

Teresa Ribeiro terá ainda hoje uma reunião com a ministra da Cultura chilena, na qual discutirá “as possibilidades de colaboração entre Portugal e o Chile em matéria cultural”.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros regressa a Portugal na terça-feira.

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