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Verão atípico na União Europeia com fogos na Escandinávia

A mobilização do mecanismo europeu de proteção civil para combater incêndios florestais na Escandinávia ilustra bem o verão atípico que a União Europeia tem conhecido este ano, com a “capital” Bruxelas a bater Lisboa em calor e seca.

Na sequência dos incêndios florestais de 2017 no sul da Europa, e em particular em Portugal, onde morreram mas de 100 pessoas, a Comissão Europeia apresentou propostas – atualmente a serem negociadas com o Conselho (Estados-membros) – para reforçar o mecanismo de proteção civil, de modo a melhorar a sua capacidade de resposta a catástrofes naturais como os fogos, e, já em pleno verão de 2018, os pedidos de ajuda vieram da improvável Suécia.

Já por duas vezes este verão a Suécia pediu assistência a Bruxelas para fazer face às dezenas de incêndios florestais que continuam ativos no país, onde só nos últimos dias arderam mais de 20.000 hectares, tendo os primeiros aviões de combate às chamas (oriundos de Itália) começado a operar na passada quarta-feira.

Na sexta-feira, o Governo português também se disponibilizou para ajudar a Suécia a combater os incêndios florestais, tendo informado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil dos meios prontos a enviar – dois aviões médios anfíbios e um módulo de combate a incêndios com capacidade de análise de comportamento de fogo e reconhecimento e avaliação, num total de 31 elementos e quatro veículos.

Paralelamente, Bruxelas ativou o sistema de emergência da UE de navegação por satélite “Copernicus”, para auxiliar as autoridades de proteção civil suecas, o Estado-membro da UE que até agora tem tido mais problemas face à vaga de calor e seca que tem atingido os países escandinavos e bálticos – na Letónia e Lituânia, os agricultores queixam-se da seca mais grave das últimas décadas.

Na própria capital da União Europeia, os responsáveis europeus também têm sentido “na pele” os efeitos de um verão atípico, em que, desde meados de junho, Bruxelas tem registado temperaturas mais altas e menos precipitação do que, por exemplo, Lisboa.

Até agora, o verão na Bélgica tem sido o terceiro mais quente e seco desde que há registos – superado apenas pelos verões de 1976 e 2010 -, com os termómetros desde meados de junho a superarem quase diariamente os 25 graus e períodos de insolação invulgarmente longos (Bruxelas apenas tinha tido tantas horas de sol em 1987). Isto depois de um inverno invulgarmente rigoroso, com o mês de dezembro (de 2017) mais escuro de que há memória, com apenas 10 horas e 31 minutos de sol para todo o mês.

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