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Zidane à espera do lugar de Mourinho?

A entrada do Manchester United na Premier League 2018/19 até foi triunfal (vitória caseira por 2-1 sobre o Leicester de Ricardo e Adrien na primeira jornada), mas ao segundo jogo voltaram os fantasmas do passado recente. O desaire no terreno do modesto Brighton (3-2), com uma exibição terrível dos red devils, deu o combustível que faltava aos críticos de José Mourinho – que já vão sendo bastante numerosos.

Lee Sharpe, antigo avançado internacional inglês que representou o United durante nove temporadas, foi o mais contundente. “Eu estou à espera que ele seja despedido antes do Natal!”, disparou, em declarações à “Sky News”, completando depois a ideia: “A atitude que ele tem não pode continuar, não nos está a levar a lado nenhum e as pessoas que estão à volta dele têm de lhe dizer isso. Continua a lamentar-se sobre os jogadores que tem e não tem, ignora toda a gente e continua igual. Parece cansado e isso está a refletir-se nas exibições da equipa. Precisamos de mudar.”

Graeme Souness, figura mítica do Liverpool e da Escócia (e que passou pelo Benfica como treinador entre 1997 e 1999) e hoje um dos mais reputados comentadores desportivos britânicos, também não foi brando. “É a equipa mais medíocre que o Manchester United teve em 32 anos [desde que Alex Ferguson chegou ao comando técnico da equipa, em 1986]. Não têm nada neles. Não têm presença, parece que não há nenhum líder dentro do campo”, atirou.

Nas bancadas do Estádio Falmer, um homem não conseguia esconder a frustração: Ed Woodward, diretor executivo do Manchester United, que correu para o balneário assim que o encontro terminou para dar um raspanete aos jogadores… sem esperar por Mourinho, que falava na habitual “flash-interview”. Uma intervenção onde acabou por responder de forma indelicada à jornalista que o questionou sobre a aparente falta de química entre os jogadores dentro do campo: “Você deve ser uma grande profissional para conseguir perceber isso da bancada!”

Uma resposta que não caiu bem no seio da opinião pública desportiva britânica e que contribuiu ainda mais para fragilizar a posição do técnico português no comando do Manchester United. A verdade é que já desde o início do mês que Mourinho lidera em todas as casas de apostas num item pouco favorável: o do primeiro treinador a ser despedido na Premier League esta temporada. E a votação disparou depois do encontro com o Brighton: nas 24 horas seguintes, mais de 78 por cento das apostas efetuadas recaíram sobre si. “Há claramente fricção entre ele e a equipa. A forma como fala das transferências falhadas… vai ter sorte se conseguir aguentar o emprego até ao Natal, mas uma derrota contra o Tottenham pode bastar para ser despedido logo à terceira semana da Premier League”, referiu George Elek, porta-voz da casa de apostas Oddschecker. A liderar a corrida para próximo treinador dos red devils, refira-se, está Zinedine Zidane, sem emprego desde o fim da última temporada, onde guiou o Real Madrid à conquista da terceira Liga dos Campeões consecutiva.

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